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Benfica 3 - 3 Rangers FC

  • portaldoalgarve
  • 6 de nov. de 2020
  • 3 min de leitura

No fundo, o que aconteceu neste jogo foi um choque de mentalidades. Os Benfiquistas continuam mentalizados de que o bom que chegue não é bom que chegue para o Benfica. Metemos na cabeça que quem está lá dentro tem que ter o mesmo amor à Camisola do que quem está em casa a ver o jogo, ou que pelo menos seja profissional o suficiente para parecer que o tem. Mas quem está lá dentro já se mentalizou que, mal ou bem, o chorudo ordenado cai sempre certo ao fim do mês. Já ninguém lhes tira da cabeça que para a semana, para o mês que vem ou para o ano é que é. E por isso, resta aos adeptos mentalizarem-se que as Papoilas Saltitantes são, neste momento, um fardo de palha seca. E que a distância entre este conjunto de assalariados e o Benfica é tão grande como a distância entre Turim e Glasgow.


Mas durante um curto (curtíssimo) período, pareceram reunidas todas as condições para que voltasse a acontecer uma tempestade perfeita. Estávamos em inferioridade numérica, tínhamos um jogador a sangrar e enfrentávamos um adversário pronto a vir para cima de nós com tudo, para dar a volta ao resultado. Mas como este conjunto de rapazes vestidos de Vermelho e Branco não tem uma mentalidade à Benfica, a única tempestade que se abateu na Luz esta noite serviu apenas para que os Escoceses se sentissem ainda mais a jogar em casa, ajudados por uma defesa que entrou em campo como se fossem todos adeptos do Rangers Football Club: tirando raras (raríssimas) ocasiões, também eles ficaram maravilhados a ver o ataque Escocês a jogar. Mais fez o poste esquerdo da baliza Norte para evitar uma humilhação, do que os seis postes que estiveram à frente da área.


Sim, seis. Porque começámos o jogo com quatro, mas o Otamendi saiu mais cedo, porque o árbitro se lembrou de uma vez que ele o insultou na Liga Espanhola e resolveu vingar-se neste jogo. Para tapar o buraco, saiu o Pizzi e entrou o Jardel, porque o centro da nossa defesa é, aparentemente, uma delegação da Santa Casa Da Misericórdia. E se alguém achou que, com a saída do Pizzi, o nosso meio-campo ia ficar desprotegido, tem toda a razão. Mas com a permanência do Pizzi também ficava. Entretanto, os erros de casting das laterais foram corrigidos ao intervalo. Ou melhor, entrou mais um erro de casting de seu nome Gilberto, e um Grimaldo só com três cilindros. O que significa que o Mestre Da Táctica queimou três substituições na defesa, para no fim deixar o Vertonghen a fazer o que faz desde que saiu o Rúben Dias: anular todo o ataque adversário, dobrar toda a gente do meio-campo para trás e ainda fazer aberturas em que o lateral-esquerdo domina mal a bola, ou devolve-a ao adversário depois de correr dois metros. Jan Vertonghen comemora os golos fingindo que é um super-herói, e está agora a conhecer o outro lado dessa vida: os esforços inglórios, as cargas de porrada e as quase inultrapassáveis adversidades.


O próprio treinador do Rangers deve ter estranhado o que viu na Luz, ele que fez parte de um Liverpool que foi Campeão Europeu, e que foi eliminado por um Benfica com menos de metade do investimento deste, mas com mais do dobro de volume cardíaco. Quando Steven Gerrard viu a sua Equipa a vencer, deve ter ouvido, tal como nós, o eco distante de um berro do Luisão, pondo toda a gente em sentido. Mas tal como nos, também ele percebeu que esse berro é apenas uma memória distante, do tempo em que o Benfica tinha Capitães à altura do Clube. E tal como nós, também o Treinador adversário achou natural quando viu que o dinheiro, sendo bem gasto, compra o tal profissionalismo e a qualidade que são muito parecidos com o amor à Camisola. Entre o Weigl, o Rafa, o Waldschmidt e o Darwin, gastámos 75 milhões de euros, mais salários. E nestes quatro rapazes temos, neste momento, as únicas pessoas capazes de dar um pingo de qualidade ao nosso Futebol. Como é óbvio, não podemos fazer contratações milionárias para todas as posições. Mas podíamos contratar jogadores a preços acessíveis, se o nosso departamento de observação valesse metade do que a "direcção" apregoa. E podíamos ter opções válidas para todas as posições se, e eu sei que isto é um sonho impossível no Benfica, formássemos realmente os jogadores para competir, em vez de os formarmos para os rifar, para os vendermos abaixo das cláusulas ou para os emprestar em negócios mais inexplicáveis que o Inglês do Jorge Jesus. Eu sei que isto parece (é?) uma ideia impossível, mas faço minhas as palavras de José Torres: deixem-me sonhar!


CARREGA BENFICA!

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