Arsenal 3 - 2 Benfica

E então, achavam que este antro de baixaria só voltava com uma vitória do Benfica? Eu também. Mas como não me apetece ter a página parada até 2054, vai já hoje.

Como estamos em Portugal, neste regresso vamos fazer já a coisa mais importante neste país: apontar culpas. E nem tenho que ir muito longe para isso. Porque meus amigos, o culpado de tudo aquilo que temos visto sou eu. Eu, adepto do Benfica que faz uns textos cómicos, críticos e ocasionalmente engraçados, sou o único responsável por este desastre, que faz um derramamento de petróleo e o desaparecimento dos glaciares parecerem ligeiras inconveniências. O planeamento desta época foi feito por mim, as contratações e vendas aconteceram por ordem minha e o barco à deriva que é o Benfica foi mandado ao mar pela minha pessoa. Se querem buzinar, venham até à minha porta. Dêem-me um toque antes de chegarem a Faro e organiza-se uma contestação como deve ser, ao responsável desta época a la Hiroshima. E por favor, deixem lá de incomodar o Sr. Luís e o Sr. Jorge. Porque eles já são velhotes, e às 19:04 querem é estar descansados, a ver o Preço Certo Em Comissões do Jorge Mendes.

Agora que já identificámos os culpados, vamos então ao jogo.

Por motivos extra-profissão, perdi os primeiros minutos. E tempos houve em que, quanto não via um jogo desde o início, entrávamos a ganhar. Mas também, tempos houve em ganhávamos jogos. E tempos houve em que a "direcção" estava presente tanto nos bons como nos maus momentos, mas aqui temos que ser compreensivos. É fácil criticar o Sr. Luís por não ter acompanhado a Equipa num jogo tão importante, mas quando o criticarem lembrem-se de uma coisa: a Grécia é conhecida principalmente pelas ruínas. E um empresário da construção faz tanta falta num país conhecido por ruínas, como na presidência de um clube de Futebol. Grécia que é, não esqueçamos, o país onde começaram os Jogos Olímpicos. Talvez em honra desse período Histórico, neste jogo demorámos o tempo médio de uma maratona a percorrer 100 metros. E também aquilo que fizemos junto à linha de fundo não foram bem cruzamentos, foi mesmo lançamento do peso. Para lançar aquela porcaria redonda o mais longe possível de quem a tinha.

Quem se mostrou surpreendido com tudo isto, foi o Lucas Veríssimo. Que veio do Brasil com a habitual expectativa de encontrar um Futebol mais competitivo, e encontrou mesmo. Mas só da parte dos adversários.

Agora, isto não significa que tenhamos jogado como uma Equipa pequena! Quer dizer, depois de estarmos em vantagem, defendemos realmente como uma Equipa pequena. Mas não atacámos como uma Equipa pequena! Porque também, quase não atacámos. Num dos nossos raros ataques, enquanto via mais uma bola a ser despejada para o Seferovic, assaltou-me uma dúvida: se o Vinícius marcar um golo ao Arsenal durante este empréstimo, acham que a UEFA ainda pode contar isso a nosso favor neste jogo? Tem tudo para contar: o jogador ainda é nosso, e vai ser mais um golo marcado sem mérito nenhum do Jesus. Falando em golos marcados sem mérito do *aham* "treinador", o Diogo Gonçalves hoje ganhou mais um pelo na barba, com o grito que deu depois daquele livre à Simão Sabrosa. E não tenho, sinceramente, um elogio maior do que este. O nosso segundo golo neste jogo foi marcado, curiosamente, pelo Rafa. E digo curiosamente porque, depois de dizer que não sabia nada relativamente ao Arsenal - Benfica de 1991, o Rafa tem apresentado um nível de aproveitamento muito semelhante ao do Isaías, já que também ele precisa de 10 remates para fazer um golo. Mas com a diferença de que o Isaías fazia os 10 remates num jogo só. E não inventava tanto com a baliza à frente.

CARREGA BENFICA!