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PAOK 2 - 1 Benfica

  • Filipe Pires
  • 15 de set. de 2020
  • 4 min de leitura

Imaginem uma empresa que corre em competições de velocidade, e que tem um piloto especializado em todas elas ao volante dos seus principais carros. Aqueles que lhe garantem maior visibilidade, melhores participações nas maiores provas e, em consequência de tudo isto, maior retorno financeiro. É uma empresa que se foca principalmente em Le Mans e no DTM, mas que tem também algumas aspirações a boas épocas na Fórmula 1 ou na Fórmula 2. Essa empresa, há seis anos atrás, despediu um piloto que, nas seis épocas que fez como piloto principal, conquistou 10 troféus. Dizia essa empresa que o Jorge, era esse o nome do piloto, não conduzia o carro da forma que eles queriam e que por isso não servia. Depois do Jorge se ir embora para uma empresa rival e de terem chovido insultos de parte a parte, veio o Rui.

O Rui era, de acordo com os directores da Maior Empresa do Mundo, o homem certo não só para manter o domínio em Le Mans e no DTM, mas também para atacar a Fórmula 1 em força. O problema é que o Rui vinha habituado a fazer uns brilharetes ocasionais com um Golf GTi e por isso, quando lhe passaram um Ferrari para as mãos, ele não sabia o que lhe fazer. Ao princípio ainda tentou conduzi-lo como conduzia o Golf, mas a diferença entre a qualidade dos carros fez-se notar, as falhas do Rui tornaram-se óbvias, e por isso ele experimentou conduzir como o Jorge fazia. E isso deu resultados. Durante dois anos, o Rui era claramente o melhor piloto em Portugal e, de acordo com pessoas que mantêm a tradição das sopas de cavalo cansado, um dos melhores do Mundo. Com toda esta confiança, no terceiro ano do Rui, a Maior Empresa do Mundo começou a vender peças dos carros e disse ao piloto que tinha de as substituir com peças feitas em casa.

No quarto ano, o presidente da empresa chegou ao pé do Rui e disse: "Oh Rui! Aposto que não és capaz de ganhar tudo montado num Clio com três rodas!"

E o Rui respondeu: "Pois não presidente! Como é que adivinhou?"

E o presidente disse: "Ah, brincalhão! Vá, toma lá o Clio e agora desenrasca-te!"

A meio do quarto ano, tornou-se dolorosamente óbvio que o Rui não ia a lado nenhum com aquele carro. E a culpa era inteira e incontornavelmente do piloto, já que aquele bólide infernal era mais do que suficiente para conquistar todas as provas em que estava inserido. O Rui foi-se embora e, enquanto se falava da possível contratação do José, ficou o Bruno ao volante. Como o José disse à Maior Empresa do Mundo para meter o Clio com três rodas no Túnel do Grilo, o Bruno passou a ser o homem certo para o lugar, alguém que sempre tinha tido todo o apoio da direcção e que teria com certeza um futuro brilhante aos volantes da empresa. E o facto é que o Bruno pegou no Clio com três rodas a meio da época e conseguiu ganhar Le Mans, tendo feito também boa figura no DTM e na Fórmula 2, dadas as condições que tinha. A direcção da Maior Empresa do Mundo, perspicaz como sempre, disse ao Bruno que lhe ia vender o turbo do carro. Mas em troca, o Bruno ia ganhar um filtro de óleo novo. Perante isto, o Bruno disse ao presidente que não precisava de um filtro de óleo, precisava mesmo era de um turbo, já que lhe iam vender o que ele tinha. E o presidente, que nem de bicicleta sabe andar, respondeu ao Bruno que o filtro de óleo e o turbo ficam mais ou menos na mesma zona e que, com umas marteladas, não se havia de notar muito a troca das peças.

Mas notou-se.

E por isso, o Bruno teve de começar a nova época montado num Clio com três rodas e sem turbo. Sendo o Bruno um bom piloto, ainda foi levando o carro para a frente, mas chegou a uma altura em que a máquina simplesmente não dava mais. Mais uma vez o piloto foi despedido por incompetência na condução de carcaças, e ficou o Nelson - piloto de testes da casa - responsável por terminar a época. Como o Jorge quis regressar seis anos depois, o Nelson voltou ao lugar de piloto de testes. E com o regresso do Jorge, o Clio foi para a sucata e deu-se um dos maiores investimentos da história da Maior Empresa do Mundo, com a chegada de peças vindas das melhores fábricas - algumas das quais já tinham sido pedidas pelo Bruno, por exemplo - e ficando o piloto com o que nenhum dos seus sucessores, mas agora antecessores, tiveram: um carro feito à medida do piloto e, segundo toda a gente, absolutamente preparado para atacar todas as competições da época.

Acompanharam o raciocínio até aqui? Boa, obrigado por isso. Imaginem agora que, depois disto tudo, o Jorge chegava e espatifava o carro na primeira qualificação da Fórmula 1.

CARREGA BENFICA!

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