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Benfica 3 - 4 Santa Clara

  • Filipe Pires
  • 23 de jun. de 2020
  • 3 min de leitura

A semelhança dos símbolos ajudou claramente o Santa Clara esta noite. Contra a filial de Lisboa, começaram o jogo tão dentro da nossa área que mais parecia que estavam a jogar numa ilha. Isto ajudou a que os Açorianos se sentissem em casa, juntamente com o facto de haver em campo uma réplica da faixa de Oceano que separa Portugal Continental dos Açores, perfeitamente representada na faixa de campo que o Ferro deixou entre ele próprio, o Rúben Dias e o Nuno Tavares. Esta versão "borracha derretida" do Argel de Oliveira de Azeméis tem no entanto uma vantagem: com tantos buracos que tem de tapar sempre que a bola passa do meio-campo, o Weigl só precisa mais um ou dois jogos (e ainda faltam 6 mais a final da Taça, um pesadelo que parece não ter fim) para se tornar no novo Fejsa. E o surgimento de um ídolo defensivo, na fase final de uma época em que já podíamos estar descansados em relação ao Campeonato, diz muito mais do nosso estado actual do que à partida parece.

Mas não vamos por aí, porque criticar a merda de jogo que fizemos hoje é não ser um Benfiquista a sério.

Vamos antes falar do bom exemplo que o Gabriel deu, mais uma vez baseado no seu penteado. Porque um dos mais recentes luso-brasileiros do nosso "Futebol", fez com o cabelo o mesmo que nós devíamos fazer com o planeamento desportivo da "direcção" para as últimas épocas: mandou tudo a baixo e está a fazer de novo. Podia ser que assim conseguíssemos jogar a fase final da Champions, em vez de cedermos só o Estádio. Neste momento, a única coisa que os nossos jogos têm em comum com a Liga dos Campeões é o horário. E o facto de estarem duas equipas em campo. Mais do que um novo planeamento, estamos na altura certa para fazer uma revisão à História. Porque esta é de facto uma fase única no nosso Clube. Depois de termos batedores de livres como Zahovic, Gaitán, Petit, Óscar Cardozo ou Simão Sabrosa (deixem-me só secar as lágrimas), atravessamos agora uma fase em que o nosso batedor de livres directos é um rapaz chamado Qualquer Um Menos O Pizzi. E é também um momento único em relação a avançados que entram para resolver o jogo. Porque depois de termos jogadores como João Pinto, Nuno Gomes, Mantorras, Miccoli, Óscar Cardozo (sacana do cepo), Mitroglou ou Jonas, estamos agora na fase "vai entrar o Dyego Sousa, para tentarmos ganhar ao Santa Clara".

Mas nem todos os nossos avançados devem ser criticados. O Seferovic por exemplo, limita-se a cumprir as ordens que lhe dão e chuta de onde calhar, para onde calhar. O Suíço leva tão à letra esta ordem para atirar, que até chuta quando quer passar a bola a um colega que se está a desmarcar. Felizmente só tocou na bola três ou quatro vezes, e duas dessas vezes foram passes para trás. Se tivesse continuado a rematar à baliza, os cachecóis que estão nas bancadas iam sofrer tanto que até as pessoas que os enviaram iam sentir. O Haris também não tem culpa (ninguém tem) de que o Bruno Lage tenha finalmente concluído o seu processo de Ruivitórização. Isto foi comprovado hoje pelas simulações em livres laterais e pelo facto de, na primeira parte, termos sido carregados por um miúdo de 20 anos com um cabelo estranho. E talvez hoje o Nuno Tavares tenha aprendido que se pode rematar e cruzar um jogo inteiro, mas o caminho mais simples para o golo é um passe de cinco metros. A eficácia já lá está, agora é só fazer o passe para o jogador certo.

Isso, e perceber alguns conceitos básicos do jogo. Por exemplo, quando o Zivkovic e o Pizzi jogam com as posições trocadas, isso acontece para que sejam os laterais a dar profundidade. Mas esta profundidade não tem nada a ver com "abrir um buraco que enterre a Equipa toda". Coisa que o jovem Nuno e o André Almeida passaram toda a segunda parte a fazer, com a colaboração dos centrais e do próprio guarda-redes. Só um aparte: enquanto eu tomava nota desta piada, o Mestre André fez a assistência para o 3-2. Terá sido Karma? Não, foi só mesmo sorte. Voltando ao assunto das fases complicadas, pensava que o Vlachodimos já tinha ultrapassado a fase em que defendia cantos com os olhos. Ainda assim, o Grego tem o consolo de não os defender como um epiléptico, como fez o Marco Ferreira. Também pensava que o Rúben Dias já tinha ultrapassado a fase das paragens cerebrais, até que ele cometeu um penalty quando ia em queda por ter sofrido uma falta na nossa área.

CARREGA BENFICA!!

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