Rio Ave 1 - 2 Benfica
- Filipe Pires
- 18 de jun. de 2020
- 3 min de leitura

Por motivos extra-profissionais (nomeadamente a profissão extra que eu tenho que desempenhar para me manter neste emprego a sério) não consegui ver o jogo. Tive por isso que me guiar pelas palavras da enorme equipa da Antena 1, para ter uma ideia do que se passou em campo. E mesmo tendo como única referência uma torrente de palavras quase incompreensível, acho que consigo ter uma noção mais acertada do que se passou neste jogo do que o Sr. Bruno tem tido ultimamente. Se bem que eu hoje até percebia se o jogo tivesse corrido mal, porque o Ronald Koeman de Setúbal estava a jogar contra o seu antigo chefe de equipa. E contra o seu antigo treinador principal, Bruno Lage podia ter tido vontade de mostrar que é um bom adjunto. Mas Lage é um adjunto com momentos de génio ainda assim, como aquele em que mostrou mais uma vez a todos os treinadores em Portugal como é que se anula o Taarabt. Não é que o Marroquino tenha dado grande trabalho a alguém nos últimos jogos, mas é sempre uma ameaça a ter em conta.
Como de resto o próprio Adel mostrou no nosso primeiro golo. Não o primeiro golo que contou, o primeiro golo mesmo. Aquele em que ele saiu da marcação que o seu próprio treinador lhe moveu, tirou dois adversários do caminho e fez um passe perfeito, que só não deu golo porque o Rio Ave teve em campo alguém que pode e deve servir como inspiração para o Rúben Dias e para o Ferro, na arte de tirar golos feitos: Dyego Sousa, pois claro. Um simples toque (ou a intenção de um, aguardemos pelos entendidos) da sua parte impediu-nos de começar a ganhar cedo, o que, pensando bem, talvez seja a melhor coisa que ele fez neste jogo. Porque o pior que nos pode acontecer é estar em vantagem seja contra quem for. Alguém da "direcção" devia falar com a Liga de Clubes e propor que entrássemos sempre a perder por um. Podia ser que deixássemos de entrar em campo derrotados. Dyego Sousa que, para compensar o golo que tirou a um colega, resolveu fazer uma assistência. Para o Taremi. Que os jornais já disseram que vem para o Benfica, mas que realmente ainda não joga de Vermelho E Branco.
Felizmente ao intervalo as coisas mudaram, quando o Sr. Bruno resolveu homenagear o Mestre Trapattoni e fazer entrar substitutos saídos directamente da fisioterapia. Com a diferença que, com Don Giovanni, o coxo que entrava quando estávamos apertados era literalmente coxo, mas jogava mais do que estes figurativos coxos. Juntos.
E agora vocês perguntam-me: "estavas à espera que fosse o Seferovic a começar a reviravolta?"
Meus Amigos, isto é assim: vivemos num Mundo diferente hoje em dia. Um Mundo em que um golo marcado com o pé podia ter sido anulado porque o jogador que o marcou tinha a cabeça adiantada. Um Mundo em que o Benfica consegue reviravoltas no fim do jogo, da forma mais inesperada por todos: num canto. Neste momento, precisamos de uma ou mais expulsões (JUSTAS) de adversários para jogar algo minimamente parecido com futebol. Minhas senhoras e meus senhores, o Samaris e o Zivkovic foram convocados para um jogo! Com toda esta conjugação de factores, vocês acham mesmo surpreendente que tenha sido Haris Seferovic a começar a nossa reviravolta num jogo decisivo? Têm razão, é um bocado. Mas o rapaz só faz o que lhe mandam: vai lá para dentro, à espera que o resto da Equipa faça um cruzamento em que a bola lhe bata e vá para a baliza. Equipa essa para a qual o Nuno Santos olhou e pensou que ainda fazia lá uma perninha. E fazia. O problema é que usou essa mesma perninha para aplicar no Pizzi um golpe que Bruce Lee aplaudiu no além.
CARREGA BENFICA!!
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