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Benfica 3 - 2 Famalicão

  • Filipe Pires
  • 5 de fev. de 2020
  • 4 min de leitura

A magia da Taça é isto mesmo, meus amigos. De vez em quando, uma grande Equipa como este Famalicão, que sabe muito bem o que quer fazer à bola e que não descansa enquanto não a tem - para pôr em campo as boas ideias do seu Treinador - corre e faz das tripas coração, para no fim ser derrotada ingloriamente por um conjunto de amadores, como o Benfica que jogou a segunda-parte. Calma, guardem lá as pedras, já vou elogiar a seguir. Até porque começámos o jogo muito bem, a pressionar tão alto que quase jogámos em Famalicão e não em Lisboa. Mas enquanto não, deixem-me dizer que os golos do nosso Adversário foram a ilustração perfeita do conceito de "auto-estrada da informação". Porque assim que a bola passou a auto-estrada que foi o nosso meio-campo, todos ficámos informados de que ela só parava lá dentro.

Houve, ainda assim, mais alusões à festa da Taça além de um Famalicão que mostrou (e mostra jogo após jogo) que é mais Golias do que David. E pasme-se, foram para o nosso lado. Da frente para trás, e que me lembre, vi o Jardel a ganhar bolas em antecipação, até que o reumático o deixou. Vi o Seferovic a funcionar como uma verdadeira referência atacante, com recepções de costas para a baliza e passes em apoio e essas coisas todas. E vi, mas ainda não consigo acreditar, alguém a ver um cartão depois de uma falta sobre o Cervi. Realmente, tudo pode acontecer na prova Rainha do nosso "Futebol". Até pode acontecer mais uma consagração dos 30 milhões de euros mais bem perdidos da nossa História, já que o Adel ia com certeza ser vendido a esse preço depois de duas épocas na Luz, se tudo tivesse corrido bem para ele. E ainda bem que não correu bem, porque agora está a correr melhor ainda. Por falar em dinheiro, ninguém me tira a certeza de que o Neuer subornou o Vlachodimos, para convencer o nosso guarda-redes a jogar pela Grécia e não lhe tirar o lugar na Alemanha. Como diz o Sherlock do Norte, investigue-se.

Mas é claro que, como nos ensina o Budismo, todo o bem traz um pouco de mal e todo o mal traz um pouco de bem. Por isso, é com enorme pesar que anuncio aqui o despedimento de Pedro Henriques, comentador da SportTV, por ter proferido as palavras "isto não é falta nenhuma", num lance em que uma falta contra nós foi efectivamente mal marcada. Muita força nesta hora difícil Pedro, e para a próxima já sabes: faz antes como os teus colegas, que mostravam uma alegria tão contagiante quando o Famalicão chegava à área que quase me convenceram a mudar de Clube. Mas é claro que também tivemos em campo gente muito capaz de me levar a essa e outras loucuras. Como o inevitável André Almeida, que tão depressa me enlouquece com os seus cruzamentos que mais parecem tentativas de acertar no Super-Homem, como depois me enlouquece de espanto quando joga como um lateral a sério, e faz um passe tão simples e tão bonito (como tudo o que é simples) na jogada do nosso segundo golo. Ou como o Gabriel, cujo peso parece ter passado da barriga para os pés, tal a quantidade desmedida de passes desmedidos, mas que depois usou esse mesmo peso para se firmar no chão e fazer o golo da vitória

Ou até, e chegámos à hora do sermão, os "adeptos" - sim, com letra pequena e entre aspas - que escolhem perder os últimos minutos de um jogo assim para se esquivarem ao trânsito insano que existe em Lisboa às nove da noite. E sim, eu sei que dá para acompanhar o jogo através de páginas que fazem relatos em directo. Ou, para os mitras, ouvindo a todo o gás a emissão de qualquer rádio que o esteja a acompanhar. Mas se tivermos sequer um adepto que prefira isto à atmosfera da Catedral, então isso diz mais da atmosfera da Catedral do que parece. É fácil para mim dizer que, se tivesse como ir à Luz regularmente, não saía de lá antes do fim do jogo nem arrastado. Mas o facto de os jogadores terem que chutar bolas para a bancada para prender adeptos é preocupante. Tão preocupante como o silêncio que se vive sem o incentivo do speaker nos golos. Porque é um sinal de que um jogo do Benfica se resume efectivamente a 22 homens a correr atrás de uma bola, em vez de ser Um Jogo Do Benfica. Mostra que temos cada vez menos loucos da cabeça e que a frase "hoje não dá, joga o Benfica" vai mais tarde ou mais cedo ser substituída por "vou ter uma inconveniência de duas horas mais logo, mas vou tentar sair mais cedo". É um sinal de que a Mística de que falava Béla Guttmann está tão mal de saúde como o Feiticeiro da Luz, falecido em 1981.

CARREGA BENFICA!!

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