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Duas Anedotas

  • Filipe Pires
  • 8 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

Um Inglês, um Francês e um Alemão vêm a Portugal. Logo na chegada ao aeroporto, os três são presenteados com o rabo de um Português e o da respectiva esposa para que os possam sodomizar à bruta, libertando as frustrações de uma viagem em primeira classe na qual foram servidas apenas 4 refeições e dois digestivos, durante as intermináveis duas horas do voo. Perante estas modestas boas-vindas, os três queixam-se de que o serviço em Portugal já não é o que era e que a nossa hospitalidade deixa muito a desejar, exigindo poder sodomizar também os filhos do casal. A isto os Portugueses responderam que não, porque os filhos são menores, porque somos muito católicos por cá e porque não queremos poucas-vergonhas dessas. Os dois oferecem então os serviços das respectivas mães, que os visitantes aceitam a contra-gosto. Enquanto sodomizam à bruta as duas idosas senhoras, o Inglês, o Francês e o Alemão reclamam do quão retrogrado é o nosso país e acordam entre eles que a próxima viagem será à América Latina ou à África Subsariana, regiões onde se podem sodomizar até chefes de Estado a troco do ordenado mínimo dos seus países.

Durante a sua estadia de duas semanas, o Inglês, o Francês e o Alemão instituem uma monarquia centrada nas suas pessoas, oferecendo esmolas aos pobres que os veneram e que arregalam os olhos ao ver quantias tão avultadas como 5 ou mesmo 10 euros. Por todo o lado onde passam, os três destroem quartos de hotel e têm comportamentos que nos seus países dariam pena de prisão, mas que em Portugal são vistos como excentricidades de suas senhorias. Escusado será dizer que nenhum deles se esforçou por aprender Português, soltando apenas um ocasional "boum diá" ou um "oprrigadô", que são recebidos pelos súbditos com palminhas e felicitações. Ou seja, exactamente a mesma reacção que se tem quando uma criança faz o primeiro cocó num penico. Mas enquanto o Inglês e o Alemão falam na língua de Shakespeare, o Francês recusa-se a usar qualquer idioma além do seu, mesmo que a expressão mais conhecida do seu idioma seja "je me rends".

E agora a segunda anedota.

Um Ucraniano, um Angolano e um Nepalês vêm para Portugal. Logo à saída do camião de mercadorias sobre-lotado, os três são sodomizados à bruta por um Português e pela respectiva esposa (que comprou equipamento especial para a ocasião), para os fazer apreciar mais ainda a viagem de duas semanas na qual lhes serviram um copo de água antes do arranque. Perante a fraqueza e a falta de chicha dos três, os Portugueses queixam-se de que já não se fazem emigrantes como antigamente e que os lotes mais recentes deixam muito a desejar, enquanto convidam os filhos para se juntarem à festa. Quando os filhos dizem que não, porque são menores, porque todas as pessoas merecem respeito e porque acham aquele comportamento uma vergonha, os pais dizem-lhes que nos países de onde o Ucraniano, o Angolano e o Nepalês vêm aquilo é ainda pior. Especialmente para o Angolano. Enquanto sodomizam à bruta os três emigrantes, os Portugueses acordam que o carregamento seguinte deverá vir da América Latina ou do Norte de África, regiões onde se pode chegar a chefe de Estado com o nosso ordenado mínimo.

Durante a sua estadia de dois anos, o Ucraniano, Angolano e o Nepalês vivem como no tempo da monarquia, amontoados em barracões e sobrevivendo com as esmolas que lhes dão, sendo forçados a venerar quem lhes paga 10 ou mesmo 5 euros para comer e mandar para a família. Por todo o lado onde passam, os três vêm casas desabitadas, que podiam ser reparadas para os habitar e para os tirar de sítios que lhes dão vontade de estar na prisão, mas que são vistos pelos patrões como o melhor que se pode dar a quem trabalha 12 horas por dia para lhes encher os bolsos. Ao fim de pouco tempo, qualquer um dos três já domina quase perfeitamente o Português, mas ainda assim os três são chamados de "estrangeiros de merda que vem para cá roubar trabalho aos nossos e que falam Português mal e porcamente", quase sempre por pessoas que se orgulham da língua de Camões sem saber quem ele foi.

Quais são as anedotas perguntam vocês? Os Portugueses. As anedotas no meio disto tudo são os Portugueses.

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