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Boavista 1 - 4 Benfica

  • Filipe Pires
  • 7 de dez. de 2019
  • 3 min de leitura

É comum que nesta página aconteça paródia, deboche e até, ocasionalmente, chavascal. Há no entanto situações absolutamente incontornáveis de tão sérias que são e este jogo foi uma delas. Não posso, em consciência, deixar passar em claro o que aconteceu no Estádio do Bessa, e por isso não vou apresentar a habitual perspectiva leve e descontraída sobre a nossa vitória. Por isso e porque esta é uma página com uma base jornalística. E porque há limites para o Humor. Desta forma, no seguimento de um jogo em que só faltou uma concertina para completar o arraial de porrada (ou, como dizem os comentadores da SportTV, uma partida bem disputada e bem ajuizada pelo árbitro), apresentam-se hoje os depoimentos dos jogadores do Benfica às autoridades.

Vlachodimos: "eu fui só espectador durante a maior parte do tempo, fiquei só a ver e a comentar que alguém devia fazer alguma coisa. Até porque não sei andar à porrada, como se viu pela forma como saí à bola no golo do Boavista."

Tomás Tavares e Jota: "nós não queríamos vir, porque sabíamos que os meninos do Boavista são maus e chutam com força tudo o que apanharem pela frente, incluindo às vezes a bola. Mas o Mister apanhou-nos no caminho para casa depois de termos saído de um torneio de Magic e quando demos por nós estávamos a partir metaforicamente os rins a pessoas que nos queriam partir literalmente as pernas. Cresceu mais um pêlo na barba de cada um de nós depois deste jogo."

Rúben Dias e Samaris: "curtimos p'ra c"#$lho! Pensávamos que a coisa ia acalmar na segunda parte, porque normalmente os adversários são uns meninos, mas a malta do Boavista aguentou-se bem. Quando fizemos o segundo golo, começámos a gritar para o Marlon deixar de ser cortes e levantar-se, para podermos continuar a festa."

Ferro: "repare, a natureza Humana é intrinsecamente violenta. No contexto da competição social, temos uma tendência para demonstrar superioridade resolvendo conflitos através de maior capacidade física. Este comportamento decorre da nossa matriz evolutiva a partir dos primatas e foi esta a solução que o nosso adversário encontrou para nos levar de vencidos. Foi no entanto uma solução que pecou grandemente por escassa e por isso ELES QUE VÃO CHAMAR MENINO À P%&A QUE OS PARIU! LEVAM ELES E MAIS OS C#$%ÕES DOS MITRAS QUE ELES TROUXEREM PARA AJUDAR! NÃO TENHO MEDO DE NINGUÉM, C"#$LHO! Entende?"

Grimaldo: "pues mira hombre, yo no sé que pasó hoy aqui. Yo sali al césped para jugar al fútbol y eso fue lo que hizo, aún que Boavista haya traído el equipo de Boxeo. Quizas ahora Floyd Mayweather se estea peleando con Erwin Sanchez, no lo sé. Pero ahora tiengo que ir me, tengo que llevar a Zivkovic a caminar para que pueda perder peso y acostar a Cervi para que pueda calmarse."

Pizzi: "lamento mas não posso falar, avisaram-me agora que tenho de ir dirigir outra orquestra à Casa da Música."

Gabriel: "o jogo até começou bem para mim, porque como sou grande os jogadores do Boavista não quiseram confusões comigo. Mas depois o Mister chamou-me Gábi e eles começaram a gozar comigo e a dizer coisas como "Gábi, anda cá sentar-te aqui" e por isso tive de começar a aviá-los quando não estava a aviar passes de 40 metros."

Taarabt: "um primo meu que emigrou para a Palestina viu o jogo e aconselhou-me a ir viver com ele. Diz ele que por lá o ambiente é muito mais pacífico e que as pessoas têm muito menos medo de sair à rua na Faixa de Gaza do que quem vive na Boavista."

Franco Cervi: "SE DIZEM QUE AQUELA M%$@DA É FALTA E ME ANULAM O C$"#ÃO DE UM GOLO LIMPO DEPOIS DA P"#A DA CARGA DE PORRADA QUE EU LEVEI HOJE, EU F$%O-LHES AS TROMBAS, C#%&LHO! EU F%#O-LHES AS TROMBAS, C$%§LHO!"

Chiquinho: "já andei em montanhas russas que me puseram de pernas para o ar menos vezes que os jogadores do Boavista. É comum ouvir nas feiras a frase "mais uma moedinha, mais uma viagem", mas esta noite o mais adequado era "mais uma bolinha, mais uma placagem". Para mim, jogar no Bessa esta noite foi como dançar ballet num concerto dos Slayer"

Vinícius: Carlos Vinícius recusou prestar declarações, tendo emitido apenas um comunicado onde afirma que 17 milhões de euros é um preço mais do que justo para pôr 14 milhões de pessoas a celebrar. E eu estou completamente de acordo.

Seferovic: à hora de publicação deste texto, Haris Seferovic estava ainda a tentar sair da Rotunda da Boavista.

CARREGA BENFICA!!

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