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Lyon 3 - 1 Benfica

  • Filipe Pires
  • 6 de nov. de 2019
  • 4 min de leitura

Agora que levámos na tromba sem apelo nem agravo contra uma Equipa da segunda liga da Europa (à qual nós dizemos de peito feito que não pertencemos, mesmo que as evidências digam que não só pertencemos como jogamos para não descer) podemos finalmente começar a falar dos problemas reais que temos à nossa frente? Podemos finalmente dizer que os miúdos não estão prontos para a primeira Equipa e que empurrá-los para a boca do lobo é a maior prova de incompetência na gestão do nosso plantel? Ainda não? Está bem. Então, enquanto o Mendes tenta convencer clubes a contratar adolescentes deprimidos, falamos de outra coisa. Como por exemplo daquilo que o Gedson podia fazer para proteger melhor a bola e não a perder tão rapidamente como os nossos níveis de dopamina vão do 80 ao -80 de cada vez que ele estraga uma jogada. Pois bem miúdo, já que não consegues guardar a bola com os pés, guarda-a no cabelo, que de resto tem sido o melhor que tens levado para o campo ultimamente. E já agora, não queiras ser o Cardozo, à espera que a bola te bata e entre ao calhas. Sê antes como o Seferovic que hoje foi o Tacuara, a rematar intencionalmente de todo o lado à procura do golo. E olha só, resultou!

Já que se fala de miúdos a imitar referências da maneira errada, com tanta precipitação, tão pouco poder de antecipação e com esta total incapacidade de fazer um passe que não seja para trás ou para os lados, o Florentino também podia deixar de imitar o Ljubomir e podia voltar a imitar o Fejsa. Tal como o Tomás Tavares também podia ter imitado qualquer outro lateral da nossa História no segundo golo - em que foi ultrapassado como se não tivesse entrado em campo e, até prova em contrário, vou continuar a dizer que não entrou - mas preferiu imitar o supersónico Eliseu. Podia era ter imitado melhor, nem que fosse pela capacidade que o Açoriano tinha de fazer faltas sem os árbitros verem. Ou de as cavar quando a Equipa precisava disso. No fundo, o Eliseu tinha uma coisa que o Tomás não tem. Como é que se chama aquilo?... Ah sim, é isso. Experiência. Falando em falta de experiência (ou em excesso delas, decidam vocês), basta dar a braçadeira ao Ainda Não Tão Capitão Como Isso Rúben Dias para ele mostrar até que ponto tem apenas 22 anos e até que ponto está mais próximo de um Paulo Madeira do que de um Mário Coluna.

E parece que neste jogo toda a gente que saiu da formação se quis comparar a referências do Clube de maneira errada menos o Ferro, que hoje se colocou oficialmente ao nível do Jardel no que toca a sacrifícios em campo. Mas que se lixe a bola Chico. Que se lixe a bola, a Liga dos Campeões e o Benfica. Põe-te fino mas é, o resto é resto.

Mas talvez os jogadores mais jovens precisassem de um exemplo de verdadeiro Benfiquismo. E ele veio, tanto das bancadas como dos próprios colegas, curiosamente os que não fizeram formação no Seixal. Como por exemplo o Grimaldo, que é uma versão real daquele jogador que todos criámos no FIFA ou FM, com todos os indicadores no máximo e que podia jogar em todas as posições. Mas uma coisa que não se podia editar no jogo nem se pode editar na vida real é a altura, pelo que uma barreira com o Grimaldo e o Cervi (que neste momento é o nosso melhor defesa esquerdo, segurando a posição enquanto o Espanhol tenta ser o nosso melhor extremo, médio centro, nº 10 e às vezes avançado) não é bem uma barreira, é mais uma daquelas cercas de madeira que nem chegam à cintura. E falando no Cervi, houve neste jogo um momento em que ele foi a representação de todos nós, quando ficou deitado na relva a pensar se valeria a pena voltar a levantar-se para lutar por uma causa perdida. Também eu tive vontade de me deitar e dormir para me esquecer deste jogo e dos dois que ainda faltam, mas tal como tu também eu resisti e continuei a ver o grande Benfica Europeu. Chamam a isto Ser Benfiquista ou Ser Parvo, já não sei bem qual é a diferença.

Outro dos jogadores que tentou tudo para pôr em campo o que os adeptos mostraram na bancada foi o Chiquinho, mas numa equipa que tem o Rúben Dias, o Jardel, o Florentino, o Gabriel e o Cervi a carregar o piano, talvez façam falta mais mãos para o tocar. Mas o Chiquinho, mais do que identificar-se com os nossos adeptos, ajudou-nos também na aproximação aos adeptos do Lyon, que têm de ver o Depay a marcar livres com o Juninho na bancada, enquanto nós temos de ver uma quantidade interminável de aberturas para os apanha-bolas enquanto pensamos que se calhar o Simão ainda fazia uma perninha. Só foi pena que o Chiquinho tenha passado tanto tempo a tentar jogar para o Vinícius, que entrou em campo no seu até agora desconhecido modo "Parede De Tijolos", com nenhuma da capacidade física de uma, mas com toda a qualidade técnica que as caracteriza. Ainda assim, o Carlos não esteve tão sozinho no ataque como à partida pareceu. Teve durante todo o jogo a companhia do Anthony Lopes, o único jogador em campo que tocou menos vezes na bola do que ele.

CARREGA BENFICA!!

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