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Tondela 0 - 1 Benfica

  • Filipe Pires
  • 28 de out. de 2019
  • 4 min de leitura

É possível que Natxo González tenha inadvertidamente começado hoje uma nova moda de nefasta azeiteirice. Com esta bonita forma de defender do seu Tondela, o Basco pode ter iniciado uma febre de autocarros "kitados" no nosso País, tal como Pep Guardiola iniciou inadvertidamente uma escola de "treinadores" que confundem a circulação de bola do famoso "Tiki-Taka" com o muito mais fácil de executar "Mastigar de Jogo". Dessa forma, enquanto a Equipa de González defendeu com muitos jogadores na última linha, mas pressionou em todo o campo e procurou sempre sair com critério, não há-de tardar a aparecer quem confunda esta abordagem bastante correcta a um jogo contra um adversário mais forte com o muito mais fácil de executar "Tranca Tudo Lá Atrás e Chuta Para a Frente a Ver Se Cola". E falando em treinadores que inventam coisas que vão ser mal copiadas por outros, expliquem-me como é que eu vejo o Cruijff de Setúbal a defender a vantagem colocando mais um avançado e reestruturando o meio-campo para impedir o adversário de sair como saía e consigo não dizer que adoro o homem. No entanto, este modelo de jogo vai ser obviamente mal executado por quem vier a seguir, sendo a "Pressão a Todo o Campo" substituída pela entrada de médios em avalanche e redundando no muito mais fácil de executar "Não Jogamos Nem Deixamos Jogar".

Eu costumo dizer que se falar de táctica é porque o jogo foi aborrecido. Hoje não é o caso, hoje é mesmo por admiração aos dois Treinadores. Mas vamos à parvoíce, porque não viemos cá para mais nada.

Um Benfica em boa forma (ou perto dela, como parece que estamos) é muitíssimo benéfico para o Futebol que se pratica em Portugal. Porque para além da qualidade individual dos nossos jogadores, ainda temos um colectivo que se esforça incansavelmente para não deixar que a bola saia. Todo este esforço para voltar à construção seria bom, mas melhor mesmo é deixar que a bola sobre para um adversário e voltar a recuperá-la, o que faz desta Equipa uma espécie de Labrador que persegue a bola até ao fim do Mundo e depois a devolve alegremente à espera que a voltem a atirar. Falando em gente que recupera bolas desalmadamente, vamos ser honestos (nem que sejamos só nós a sê-lo) e admitir que nem em Inglaterra o Florentino tinha acabado a primeira parte. O problema resolveu-se ao intervalo graças à intervenção de um oftalmologista, que disse ao jovem Makélélé Luís "olha aí, que tu não jogas de azul" e também graças a uma conversa com o Senhor Capitão Rúben Dias, que lhe disse que quem pode distribuir fruta daquela maneira é ele e os jogadores do adversário.

Houve durante o jogo um momento preocupante, mas felizmente sem consequências, em que um jogador do Tondela chocou com o nosso médio e perdeu por momentos a consciência. Graças a microfones bem posicionados, estamos em condições de afirmar que foi este o diálogo desse jogador com o médico:

Jogador: Como é que me chamo?

Médico: Fahd Moufi.

J: Não te faço nada um filho, tu não és uma velha rebarbada e eu não sou o Tony Carreira. Diz lá sem brincadeiras, como é que eu me chamo?

M: Fahd Moufi

J: ...

M: ...

J: Não, agora a sério. Como é que eu me chamo?

Logo ali ao lado, muito mais esclarecido e seguindo um rigoroso regime alimentar de pilhas ao pequeno-almoço, bucha, almoço, lanche, jantar e ceia esteve não só o pulmão mas também todo o sistema circulatório do Benfica, Gabriel Pires. E para não dizerem que eu ainda tenho alguma coisa contra o rapaz, eu nunca usei o nome de um grande craque para falar dele porque Pires já é nome de um grande craque. Para além disso, tenho medo de cair na fácil tentação de lhe chamar Gabriel O Pensador, mas ele torna a minha resistência mais difícil de cada vez que conduz o ataque e prova que meter uma linha no buraco da agulha é fácil, meter lá um passe atrás de outro é que já não é para todos. Só faltou mesmo acertar com aquele very light aceso no único sítio onde ele podia ser transportado para dentro do estádio para ter sido uma exibição perfeita, mas não se pode ter tudo. Que o diga a nossa ala esquerda, que começou o jogo como o motor da nossa construção e que depois viu lá chegar um homem que precisa mais de um banco do que um velhote com uma caixa de dominó, o Pizzi. Desculpa Maestro, mas há uma diferença entre passes longos a virar o centro do jogo e um chutão para a frente a ver se o André Almeida lá chega. Pergunta ao Chiquinho que ele explica-te a diferença.

Foi também da nossa ala esquerda que nasceu o único golo do jogo, numa nova jogada estudada para os cantos: o Grimaldo cruza para a entrada do Ferro e eu desvio os olhos do ecrã para não conseguir ver o golo em directo. O que eu vi em directo foi a dedicação de um homem que, para além de ter duas vezes o tamanho dos nossos anões esquerdinos, hoje correu duas vezes mais do que eles também. E um desses anões era o Cervi, por isso imaginem o que correu o Seferovic. Nós perdoamos-te Haris, está tudo resolvido. Agora pára de fazer sprints que envergonham os nossos laterais.

CARREGA BENFICA!!

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