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Benfica 0 - 0 Vitória S.C.

  • Filipe Pires
  • 25 de set. de 2019
  • 4 min de leitura

O primeiro jogo que vi num estádio foi um Benfica - Vitória, para a Taça de Portugal. Tinha 6 ou 7 anos na altura e sei que perdemos 2-3, sendo obviamente eliminados. Ainda assim, tenho mais memórias boas desse jogo do que da primeira parte deste. No entanto, essa mesma primeira parte (e todo o jogo, já agora) foram a confirmação absoluta de que o Bruno Lage vai mesmo ser o nosso Sir Alex Ferguson e vocês também vão partilhar desta visão, se se lembrarem daquilo que era o Manchester United até Dezembro e fizerem a ligação com as nossas circunstâncias. Porque os primeiros meses eram sempre de jogar as mãos à cabeça, ao céu ou onde quer que elas chegassem. E porque para cada John O'Shea há um André Almeida, mostrando que o amor à camisola também ganha jogos. Para cada Paul Scholes há um Adel Taarabt, mostrando que a raça e o talento são absolutamente compatíveis. E para cada dupla Andy Cole/Dwight Yorke há uma dulpa Seferovic/De Tomás, mostrando que dois "cepos" são perfeitamente capazes de dizimar defesa atrás de defesa, jogo após jogo. Os nossos é que ainda precisam de tempo para isso, mas já lá chegam

Mesmo assim, este jogo chegou a ser fraquinho. Talvez por excesso de respeito da nossa parte, porque sabíamos que o Vitória é uma Equipa já muito à imagem do Treinador que tem - com um jogo aberto, honesto, que gosta de ter a bola e sabe o que fazer com ela - e por isso passámos a primeira parte a devolver-lhes a bola sempre que eles a perdiam. E o Vitória empolgou-se com isso, chegando ao intervalo a sonhar com vôos e patrocínios mais altos, porque aquela sucessão de remates ao ferro parecia saída de um anúncio da Nike. Sim, esse (1). Quem também parece querer outros vôos e uma outra forma de estar na arbitragem é o Rui Costa (não é esse, é o da feira), que hoje inovou na sua abordagem aos jogos na Luz e resolveu ser mau árbitro para os dois lados. Fosse por marcar faltas que não existiram beneficiando o infractor, fosse por mandar jogar em situações que pediam a chamada do INEM, beneficiando o infractor.

Falando em violência, aposto que no fim do jogo aconteceu este diálogo no balneário do Vitória:

Colegas: "Então Denis, levaste muita pancada dos jogadores do Benfica?"

Denis: "Levei, Poha!"

Adiante.

Falemos agora sobre aquilo que dá razão de ser a esta rubrica, os jogadores do Benfica. A começar pela baliza, onde me parece cada vez mais que estamos muitíssimo bem servidos. Porque o Vlachodimos trabalha todos os dias como um louco para ser tudo aquilo que diziam que devíamos contratar e porque o Zlobin preenche o critério mais importante para um guarda-redes - ser maluco - da forma mais inata possível - é Russo. E também porque sem ele eu não estava aqui com relativa boa disposição a falar sobre um empate, estava a cuspir fogo forte e feio e a falar sobre uma derrota. Mais à frente na defesa, e ao contrário do que muita gente pensa, o Nuno Tavares conseguiu acertar um passe do meio-campo para a frente. Acertou pois, que eu vi! Foi uma abertura para o Monstro de Loch Ness, que ajeitou de cabeça para um remate de primeira do Yeti. Falando em qualidade de passe, o Samaris claramente esqueceu-se que tinha de trocar de lado ao intervalo e fez na segunda-parte alguns passes para sítios que tinham sido os ideais durante a primeira. Talvez por isto, quando tentou marcar de livre direto, estavam penduradas na baliza várias fotos de jogadores do Vitória em posição perigosa no campo. Mas o Senhor Benfica resolveu aplicar uma jogada estudada, lançando a bola para uma corrida em profundidade do apanha-bolas.

Ainda na temática "Remates Que Valiam 100 Pontos Se Acertassem Numa Cadeira Ocupada Nas Bancadas", eu percebo que o Gedson queira pegar na bola e marcar, para mostrar serviço e para deixar de ser "o outro puto que subiu com o Félix". Mas tens que ter calma miúdo. Tens que ter tanta calma na hora do remate como quem olha para o nosso relvado e diz que aquele batatal está em condições para um jogo do Benfica. Mesmo que seja um jogo para a Taça da Liga, a última réstia de esperança para quem queria ver o Zivkovic em campo esta época. Depois de ser ultrapassado pelo André Carrillo, agora o Sérvio é ultrapassado pelo Caio Lucas, o que deve resultar em níveis históricos de pó a extremos Sul-Americanos que foram contratados não se sabe bem porquê. Eu não devia dizer isto, para não estragar a surpresa, mas a verdade é que eu também vou jogar pelo Benfica antes do Zivkovic, porque é preciso dar ritmo a um jogador com muito potencial que está parado desde o 9º ano. Já agora, falando em gente parada, digam ao Seferovic que a melhor forma de imitar o Inzaghi não é estando sempre plantado em fora-de-jogo.

No pólo oposto está um homem muitos níveis acima dos restantes colegas de profissão. Alguém que, quando tem a bola, parece entrar num Mundo só seu. Alguém que parece pensar verdadeiramente o Jogo como um todo, pensando aquilo que os adversários vão fazer ainda antes de eles próprios o pensarem. Um Ser Humano que parece ter nascido de uma experiência genética ilegal, do cruzamento de genes entre o Homem e a Bola. Um indivíduo tão sobrenatural em campo que a única forma de o parar verdadeiramente passa invariavelmente por violência extrema. Lionel quem? Messi? Quem é esse? Não percebo a confusão, eu estou obviamente a falar do Rafa. Brincadeiras à parte (pfft...) se para cada Messi há um Iniesta, para cada Rafa há um Gabriel. E pela última vez, eu já lhe pedi desculpa! Não é preciso ele continuar a esfregar-me na cara que é o nosso melhor médio, mesmo vindo de uma lesão grave. Também é escusado que ele continue a mostrar que é o terceiro melhor Pires da História do Futebol. O primeiro é este que vos escreve, obviamente. O segundo é um rapaz Francês chamado Robert, talvez já tenham ouvido falar dele. E o terceiro é o Gabriel, pronto! Que mania de continuar a insistir num assunto que já está resolvido.

CARREGA BENFICA!!

(1) https://www.youtube.com/watch?v=Hd1IHbINPQU

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