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Eintracht Frankfurt 2 - 0 Benfica

  • Filipe Pires
  • 19 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

Criámos ocasiões mais que suficientes para passar a eliminatória. Principalmente quando sentimos a eliminação a chegar, tivemos o querer e a vontade para uma vitória moral e efectiva. Mesmo assim fomos eliminados por um conjunto de Alemães que foram pragmaticamente Alemães: fizeram nada mais do que o suficiente para nos passarem por cima e passaram. Deve ter sido isto que a França sentiu na segunda guerra.

Mas nem tudo foi mau. Sofremos um golo ilegal, que foi validado porque o árbitro auxiliar estava distraído a olhar para as jovens da bancada (vocês faziam o mesmo, deixem-se de coisas) e porque jogámos numa competição em que o VAR não existe. Depois desse golo, o nosso treinador foi expulso por protestar com razão, para espanto até do quarto árbitro. Juntando tudo isto com um estádio cheio de adeptos prontos a assobiar a Equipa sempre que tínhamos a bola, pareceu mesmo que jogámos na Luz para o Campeonato. Ou em Alvalade, a julgar pela quantidade de golos que o Seferovic falhou. Rennie é bom para isto não é? Diz que sim, mas adiante. Mesmo falhando golos que "até eu com a minha barriguinha ia lá e encostava" (obrigado sempre, Jorge Perestrelo), o Haris mostrou, contra uma Equipa patrocinada por uma empresa de recursos humanos, uma capacidade de trabalho que levou Angela Merkel a descolar as mãos e a decretar que, de hoje em diante, todos os Alemães vão trabalhar mais uma hora por dia. Porque, diz a anafada Chanceler, é inadmissível que um Suíço sozinho trabalhe mais do que toda a Alemanha e que todos os países do Sul da Europa juntos.

Falando em pontas-de-lança, agora que já foi contratado pelo Frankfurt e que já não tem de ganhar um lugar no plantel para o ano que vem, o Jovic mostrou neste jogo que se calhar até foi bem vendido. Continuo a achar que foi má ideia deixá-lo sair, mas se ele continuar a jogar assim ainda me vou rir do assunto no futuro. Quem não se ri de grande coisa é o Ante Rebic, que aparentemente levou a mal a piada sobre a empresa de alumínios que fiz na primeira mão, e por isso resolveu pregar o Rúben Dias e o Fejsa ao chão no primeiro golo. Tudo bem Ante, não é uma empresa de alumínios, é uma carpintaria. Desculpa lá qualquer coisa. Mesmo tendo servido de tábua rasa para um golo ilegal, o Anteriormente-Todo-Poderoso Ljubomir conseguiu fazer algumas (poucas) coisas boas durante o jogo. Ele e o Jardel, o que prova que a Alemanha está de facto à frente do resto do Mundo quando se fala em condições para pessoas com mobilidade reduzida.

Continuando na nossa defesa, quero deixar um apelo ao André Almeida: por favor pára de simular lesões. Para além de os árbitros não acreditarem em ti, assusta-nos a ideia de ficar sem o Melhor Lateral Direito do Mundo. No lado oposto do Mar Morto que foi o centro da nossa defesa, estava um Grimaldo de quem Ronald Koeman diria que ainda tem muito para aprender sobre ser defesa-esquerdo. O que significa que o Alex esteve ao nível do Léo e isso é um nível muito bom. Quem também escapou ao triângulo das Bermudas Jardel-Rúben Dias-Fejsa foi o Samaris, um dos poucos que teve o discernimento necessário para ganhar este jogo. Mesmo sendo o Grego um homem culto e com um vasto intelecto ainda deve estar a tentar perceber, tal como toda a gente, porque é que foi substituído. E já que se fala de substituições, a substituição do Rafa pelo Salvio tinha tudo para ser um pequeno momento Martin Pringle. Mas depois o Toto quase nos deu a eliminatória e eu percebi que aquilo era afinal um momento Eduardo Salvio: com mais calminha, a coisa tinha-se dado. Ainda assim isto tem um lado bom, porque prova que a travessia do deserto do Argentino deixou poucas sequelas, para o bem ou para o mal.

E agora, num bonito momento de ligação de texto, mais uma metáfora para descrever a relação entre o Jonas e o João Félix. Porque se o nosso Ancião foi Moisés, trazendo os 10 mandamentos do bom Futebol e abrindo o livro como se do Mar Vermelho se tratasse, o João Félix foi todo o povo Hebraico, perdido em campo à procura da salvação de um golo durante 90 minutos que mais pareceram 90 anos.

CARREGA BENFICA!

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