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Benfica 4 - 2 Eintracht Frankfurt

  • Filipe Pires
  • 11 de abr. de 2019
  • 3 min de leitura

O Futebol é um desporto muito simples: 22 homens correm atrás de uma bola durante 90 minutos e no fim ganha esta Equipa que até já marca golos de canto. Eu sei que isto não é novidade, mas continua a fascinar-me o quanto estes rapazes desfazem a minha falta de fé sempre que um deles vai até à bandeirola. Agora é continuar a marcar muitos e bons golos desta forma (ou de qualquer outra), mesmo que sejamos treinados por alguém que vai buscar tácticas à mais selvagem imaginação de quem lhe chama Cruijff de Setúbal. Ou talvez fosse melhor dizer "porque somos treinados por alguém que vai buscar tácticas à mais selvagem imaginação de quem lhe chama Cruijff de Setúbal. Não sei, em Maio fazemos as contas.

Vamos então falar dos jogadores do Benfica. Começando pelo Jovic, que hoje mostrou que tem o perfil certo para ser o nosso avançado no futuro: é forte, rápido, trata bem a bola, vê amarelos sem necessidade e deixa-se antecipar em frente à baliza. Tem tudo para ser o novo anti-herói do nosso ataque, um jogador que nós vamos apelidar alegremente de "cepo" enquanto ele marca alegremente 40 golos por época. Agora a sério, era boa ideia não deixar este rapaz escapar-se. E era boa ideia segurar também o outro avançado do Frankfurt, o Ante. Pouca gente sabe, mas este jogador concilía o Futebol com um emprego numa empresa de alumínios onde faz de tudo um pouco, mas onde se destaca principalmente pelo seu trabalho com Rebic.

Vamos esquecer que isto aconteceu.

Várias coisas espantosas aconteceram no jogo de hoje. Talvez por estar tão habituado como nós a ver a braçadeira de Capitão entregue ao André Almeida - ou por estranhar tanto como nós que ela ainda não tenha sido entregue ao Rúben Dias - o Jardel chegou atrasado à escolha de campo. Esta foi no entanto a única coisa a que o nosso Capitão chegou atrasado, tirando aquele golo que me deu flashbacks de um certo jogo em Amesterdão e de um certo golo de um central Sérvio. Peço-vos um momento para acalmar os tremores e secar as lágrimas. Antes desse golo, e menos de 24 horas depois de as câmaras do telescópio Event Horizon terem captado as primeiras imagens de um buraco negro, as câmaras da SIC captaram uma coisa ainda mais inacreditável: um lance em que o Rafa dobrou o Fejsa dentro da nossa área. Minutos depois, um novo espanto envolvendo o Bulldozer Sérvio (hoje mais pela velocidade do que pela capacidade de dizimar adversários), quando o homem que nos habituou a tapar todos os buracos da nossa defesa criou ele próprio um, perdendo um lance perfeitamente controlado e que resultou no golo do Jovic. A sério, não deixem este rapaz ir embora.

Houve espanto também pela actuação do árbitro, quando o senhor Anthony Taylor fez os milagres de marcar primeiro uma falta sobre o Cervi - precisas tu e precisamos nós de um golo teu, Franco - e depois de marcar um penalty na Luz a favor do Benfica. Mas se no penalty o senhor Taylor tomou a decisão certa ao expulsar o N'Dicka, no caso das faltas sobre o Cervi vamos ter que aguardar que seja um árbitro de Fátima a mostrar um amarelo. Ainda assim o árbitro esteve tão bem esta noite que até teve tempo de mostrar alguma da ironia Britânica, em dois momentos muito próximos. O primeiro foi quando inventou uma falta do Samaris à entrada da área do Frankfurt - depois de ter deixado passar o segundo penalty sofrido pelo Cervi esta noite - e o segundo foi quando lhe mostrou o cartão amarelo por acumulação de infracções, num lance em que o Samaris, adivinharam, ganhou a bola com limpeza. Em ambas as situações, Andreas brindou o árbitro com uma sonora gargalhada e com palavras que o senhor Taylor ouviu numas férias em Albufeira e que ainda hoje acredita que significam "onde é que se apanha o autocarro?" É verdade, já renovaram com o Samaris?

Mas voltando ao milagre do penalty, acho que foi hoje que me curei de um trauma que tive durante 11 anos. Bastaram 79 miligramas do antidepressivo que o João Félix tem na chuteira direita, em três tomas separadas: primeiro num penalty com a bola na marca, depois num penalty à entrada da área e por fim com um penalty em movimento. Só foi pena as lágrimas que ele chorou depois de fazer o primeiro hat-trick pelo Benfica, aos 19 anos de idade. Segundo os entendidos, as lágrimas podem borrar a maquilhagem da diva. Segundo os Benfiquistas, há muito mais de onde isto veio. Vai com calma miúdo, nós esperamos por ti.

CARREGA BENFICA!

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