Galatasaray 1 - 2 Benfica - Amador de Bancada
- portaldoalgarve
- 14 de fev. de 2019
- 3 min de leitura

Era fácil - muito fácil - pegar numa qualquer música romântica como ponto de partida para falar deste jogo. Na verdade, a ideia original era pegar no Problema De Expressão dos Clã para dizer que é difícil explicar o quanto gosto de ver este Benfica. Mas depois a miudagem entrou em campo e empurrou o Galatasaray até o jogo ser disputado na parte Europeia da Turquia, por isso abandonei a ideia. Se este jogo tivesse uma banda sonora, tinha de ser Youth Gone Wild, dos Skid Row. Porque a vitória desta noite, num estádio difícil e num ambiente completamente adverso, foi conquistada por gente que, há duas semanas atrás, tinha tantos minutos na primeira equipa do Benfica como eu. E é bom que os génios do "só goleiam em Portugal" e do "só marcam muitos quando o árbitro ajuda" não se esqueçam disto. Os miúdos tiveram ainda assim a sorte de serem recebidos e orientados por jogadores que já estavam no plantel na época passada e que, por terem jogado na Luz nesse período, já sabem o que é ter um estádio inteiro a criticar tudo o que eles fazem.
Mas notou-se, claro, a diferença entre os jogadores mais jovens do Benfica e os jogadores do Galatasaray já com mais anos disto. Principalmente no meio-campo, onde uma das equipas tinha um jogador com uma invulgar capacidade para ler o jogo e para se posicionar de forma a parecer que está em todo o lado ao mesmo tempo, conseguindo também dar soluções para a saída apoiada. Enquanto uma das equipas tinha este mestre da contenção, a outra tinha o Fernando, aquele sarrafeiro que jogou no Porto. E enquanto uma das equipas chegou a fazer jogadas tão mecanizadas que os jogadores nem precisavam de olhar para onde passavam, a outra insistiu em passes longos (os únicos que conseguia fazer) que foram quase invariavelmente anulados por uma defesa com três suplentes.
Falando na defesa, antes do jogo Recep Erdogan visitou o nosso balneário para cumprimentar pessoalmente o Senhor Capitão Rúben Dias. Diz o ditador Turco que, se houvesse alguém no seu exército com a autoridade do Senhor Capitão, acabavam-se logo aquelas ideias modernas da liberdade e não sei quê. Erdogan tentou ainda a contratação imediata de Rúben Dias, mas para o lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros. A ideia é pegar no Chuck Norris da nossa defesa e levá-lo a Bruxelas, onde se vai reunir com Jean Claude Juncker até que ele aceite o pedido de entrada da Turquia na União Europeia. As previsões apontam para uma reunião de 5 minutos, na qual o presidente da Comissão Europeia vai pedir desculpas a Rúben Dias pela demora no processo e pedir para alguém lhe levar os papéis já preenchidos, para ele que ele e o Senhor Capitão os possam assinar sem mais atrasos.
A única coisa mais difícil que a entrada da Turquia na União Europeia foi a chegada da braçadeira ao seu destino. Finalmente aconteceu e parece que bastava uma reforma, uma decisão técnica e duas lesões.
Mais à frente, no ataque, o Cervi mostrou que quem sabe também esquece. Principalmente quando se passa de seja lá o que for que nós fazíamos há dois meses atrás para Futebol a sério. Ainda assim continuo a acreditar em ti Franco. Se continuarmos a incinerar adversários, vais ter bastantes cinzas de onde renascer. Tal como renasceu o Seferovic, que esta noite mostrou ao Mundo um novo tipo de jogador. Já existiam os "falsos lentos" e os "falsos noves", mas a partir de hoje existe também o "falso rebentado". Que é aquele jogador que parece que está rebentado, mas que depois marca o golo da noite.
CARREGA BENFICA!
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