Bayern Munique 5 - 1 Benfica - Amador de Bancada
- Filipe Pires
- 27 de nov. de 2018
- 2 min de leitura

Já ninguém pede uma vitória efectiva. Neste momento chega-nos uma vitória moral:
- O Jonas admirou-se tanto quando o Gabriel acertou um passe que ficou de queixo e tudo o resto caído;
- Parecia tanto que estávamos em casa que os passes longos chegaram quase a Lisboa;
- Parecia tanto que estávamos em casa que ficámos tão longe da área como de Lisboa a Munique;
- O primeiro golo foi uma enorme prova de Benfiquismo: quatro jogadores deixaram passar o Robben, porque acreditaram tanto como nós que esse era o caminho mais rápido para a saída do Sr. Rui;
- Nem tudo se perdeu na transição Jesus/Vitória: a teimosia por quem não joga nada continua;
- As semelhanças entre German Conti e Ole Gunnar Solskjaer: são os dois altos, têm os dois uma eterna cara de menino e são ambos letais dentro da área. Só falta o Conti ser letal na área certa;
- Percebeu-se a intenção de perder por falta de comparência. Mas como os jogadores quiseram tirar uma foto no Allianz Arena, a UEFA considerou o jogo válido;
- Hoje entrámos como um equipa de meio da tabela, que sabe que o apuramento para a Liga Europa está assegurado e que por isso não vale a pena correr muito. Como em Portugal, portanto;
- Há demasiado tempo que não elogio o Fejsa, e hoje saúdo o seu empenho quando, com o resultado já feito, ainda se esforçou para desarmar o homem mais perigoso do Bayern: o Conti;
- Se o Kovac metesse um miúdo dos infantis, até ele se estreava a marcar esta noite.
O último ano e meio do Benfica tem uma dimensão verdadeiramente Dantesca. Começámos no limbo, que surgiu quando o Sr. Rui achou que tinha ideias ao nível do Benfica e seguimos para o segundo círculo, com a luxúria pelos títulos a que estávamos tão mal habituados. Vieram depois a gula pelo dinheiro e a avareza, que nos levaram (e levam) a vender talentos da formação sem qualquer critério. Neste momento estamos no quinto círculo, em que se começa a levantar a ira de quem acha que o Benfica é e tem que ser muito mais do que isto, e faz questão de o dizer. No sexto círculo vão aparecer os hereges como eu, que são capazes de criticar e duvidar da possibilidade de ganharmos alguma coisa com este andar. Isto vai levar a uma rápida chegada ao sétimo círculo - o da violência. Ou pelo menos dos calduços que o nosso futebol profissional merece, metafóricos ou não. No oitavo círculo, suspeitamos nós, estão o presidente e Jorge Mendes - os fraudulentos, que podem também ser os ocupantes do nono círculo, o da traição. Esta ideia tem um fim unicamente cómico, mas o receio está lá também. E algures no balneário está com certeza escrita a frase "Deixai toda a esperança, ó vós que entrais" :D CARREGA BENFICA!
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