Quanto Mais Se Mexe No Feminismo - Que Estrabucho É Este?

Em meados do séc. XX (vamos dizer a partir de 1950, para isto não parecer o Correio da Manhã), iniciou-se um movimento com vista a acabar com as desigualdades entre homens e mulheres, em todos os aspectos sócio-económicos da altura. Esse movimento teve o resultado pretendido, uma vez que os direitos que eram negados às mulheres lhes foram atribuídos, com tinham de ser. Em 1990, o movimento de mulheres fortes e capazes acabou e começou o movimento das desempregadas por escolha e incompetência próprias, que têm feito questão de acabar com tudo o que de bom foi feito antes de elas chegarem e que persistem até hoje. Eu, como sou um rapaz optimista e bem disposto, gosto de pensar que estas senhoras só confirmam a genialidade dos Monty Python num filme de há 40 (quartenta!) anos atrás (1), como se isso fosse preciso, mas a verdade é que a vida está a imitar a arte da pior forma. E eu sei que quando aceitei escrever aqui comprometi-me a não abordar assuntos como doenças mentais, mas deixem passar só esta vez.

Porque esta nova vaga de Nazis, perdão, de Feministas, tem aspectos muito divertidos. A começar pelos atestados de incompetência que passam a si mesmas e a todo o género que querem defender, através da imposição de quotas de género em cargos de chefia (2), porque sabem que são incompetentes demais para lá chegarem sozinhas e que são feias demais para serem incompetentes. E pergunta o leitor indignado: "Então e as mulheres que alcançam esses lugares por mérito próprio?" Essas são vítimas de pressões sociais para corresponderem a padrões de comportamento e inteligência impostos pelo Patriarcado, como é óbvio.

E vendo a vida a imitar a arte, vemos também estes despropósitos de vida a querer limitá-la. Em Dezembro último, o Museu de Arte Metropolitana de Nova Iorque recusou retirar um quadro de 1938 (super recente, portanto) quando foi pressionado a isso (3). Os motivos para esta pressão prendem-se com o facto de o quadro em questão sexualizar a imagem de uma criança e no apoio que o Museu está a dar à pedofilia (4). Mais recentemente foi retirada uma obra também bastante recente, de 1896, na Galeria de Arte de Manchester (5), porque é um quadro que mostra a Mulher como "forma decorativa passiva" e porque, agora que já fizeram a cabeça em água aos vivos, está na hora de moer o juízo aos mortos. Ora bem, eu não percebo grande coisa de arte. E quando eu não percebo grande coisa de um assunto, faço aquilo que estas Capazes parecem incapazes de fazer: calo-me.

A única arte de que eu percebo alguma coisa é esta. É a comédia. E mesmo esta arte, este último reduto de neutralidade (porque uma piada é uma piada, independentemente de quem a diz), está a ser atacado por quem percebe menos disto do que eu. Porque o simples facto de não existirem tantas mulheres com piada (ou vontade, ou disposição, ou talento para a mostrar) como homens não deve ser suficiente para justificar o facto de não haverem mais mulheres humoristas. E pergunta o leitor indignado: "Então e as mulheres que alcançam o sucesso na comédia por mérito próprio?" Essas são vítimas de pressões sociais para corresponderem a padrões de comportamento e inteligência impostos pelo Patriarcado, como é óbvio.

(1) Do filme "A Vida de Brian". Invistam 90 minutos e vejam o filme todo, mas a cena que interessa para o texto é esta: https://www.youtube.com/watch?v=Dgp9MPLEAqA

(2) http://expresso.sapo.pt/politica/2017-06-23-Aprovada-lei-das-quotas-de-genero-nas-empresas

(3) http://24.sapo.pt/vida/artigos/therese-dreaming-o-quadro-de-balthus-que-e-criticado-por-apresentar-uma-imagem-sexualizada-de-uma-crianca

(4) https://www.thepetitionsite.com/pt-pt/157/407/182/metropolitan-museum-of-art-remove-balthus-suggestive-painting-of-a-pubescent-girl-th%C3%A9r%C3%A8se-dreaming/

(5) https://www.delas.pt/hylas-and-the-nymphs-manchester-art-gallery/